Rui Pires Cabral (Macedo de Cavaleiros, 1967) acaba de publicar mais um livro de poesia: Oráculos de Cabeceira (edição da Averno, Lisboa), dedicado «aos meus trezentos leitores», com capa e ilustrações de Daniela Gomes, jovem artista vila-realense.
Considerado um dos nomes cimeiros da jovem poesia nacional, Rui Pires Cabral mantém neste livro a qualidade a que já nos habituou. É uma poesia marcada pelo desencanto e pela busca de sentido para a vida, em que o autor projecta os seus medos e angústias com grande autenticidade e total ausência de pose e afectação – e esta será uma das razões por que os seus poemas nos tocam tanto.
Considerado um dos nomes cimeiros da jovem poesia nacional, Rui Pires Cabral mantém neste livro a qualidade a que já nos habituou. É uma poesia marcada pelo desencanto e pela busca de sentido para a vida, em que o autor projecta os seus medos e angústias com grande autenticidade e total ausência de pose e afectação – e esta será uma das razões por que os seus poemas nos tocam tanto.
Um dos primeiros poemas abre assim: «Ontem choveu sem descanso / e fizemos tudo mal. São dias / de pedra e aço – alguém sabe / onde nos levam? (…)» Está dado o mote: o resto do livro são magníficas glosas deste mote.