Jorge Laiginhas é decerto um dos valores mais sólidos da actual literatura de ficção trasmontana e alto-duriense. Senhor de uma técnica narrativa seguríssima, de uma linguagem ágil e bem servida de metáforas, tem vindo a publicar regularmente os seus romances, numa primeira fase muito ligados ao Douro natal e agora, numa segunda fase, mais presos a personagens e factos da vida nacional.
É assim que acaba de surgir, com a chancela de O Quinto Selo, O Padroeiro da Ibéria – D. Nuno Álvares Pereira, título que se afigura contraditório, dado que o Santo Condestável foi exactamente um dos travões ao iberismo, mas que o desenrolar do entrecho acaba por justificar.
Neste romance que se lê dum fôlego, não obstante as suas 260 páginas e a estrutura algo invulgar, Jorge Laiginhas faz a apologia do Iberismo, uma das ideias mais polémicas, mas também mais recorrentes, do nosso pensamento político. De resto esta sua opção pela Ibéria é tão enraizada, que na badana do livro se lê: «Jorge Laiginhas nasceu na aldeia de Safres, Península Ibérica (…)»
O padroeiro da Ibéria, de Jorge Laiginhas
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