Ana Gonçalves – Romance de estreia

No dia 2 de Maio de 2008, à noite, foi apresentado no Colégio de N.ª Senhora da Boavista o romance Ópera de cristal. A autora: Ana Gonçalves, natural de Bragança mas residente há muitos anos em Vila Real, em cuja universidade frequenta o Curso de Psicologia.
Seria apenas “mais uma” apresentação, se não se desse o facto de a jovem autora ter apenas 19 anos de idade.
A um rápido folhear do livro, apercebemo-nos das qualidades de escrita desta jovem, que revela uma assinalável desenvoltura narrativa e um uso imaginativo da linguagem.
Claro que é visível também uma certa “verdura” e até talvez alguma ingenuidade, muito próprias, uma e outra, da juventude da Autora – e em todo o caso menos do que seria lícito esperar. Mas queremos crer que ambas estão destinadas a desaparecer gradualmente nos próximos livros, revelando-se então a verdadeira “garra” de ficcionista de Ana Gonçalves.

Homenagem a António Cabral

Decorreu no dia 30 de Abril de 2008 (dia aniversário de António Cabral) a anunciada homenagem ao poeta António Cabral.
A homenagem, realizada por iniciativa do Grémio Literário Vila-Realense, a que se associou a Câmara Municipal de Alijó, iniciou-se às 14h30 em Vila Real, onde foi inaugurada a Rua António Cabral, com a presença do Presidente da Câmara Municipal, Dr. Manuel Martins (que evocou a figura do escritor), da Família de António Cabral e de inúmeros amigos e admiradores.
Às 16h00, em Castedo do Douro, terra natal do homenageado, foi descerrada uma placa na casa de António Cabral, tendo usado da palavra A. M. Pires Cabral e a Dr.ª Alzira Cabral. Foram igualmente lidos alguns poemas e servido um cálice de vinho generoso. A festa foi enquadrada pelo Grupo de Bombos local e pelas crianças das escolas. Seguiu-se uma vista ao cemitério, tendo o Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Alijó, Eng.º Luís Azevedo, deposto uma coroa de flores no túmulo de António Cabral.
às 18h00, no Auditório Municipal de Alijó, houve a apresentação da antologia Douro Leituras II, pelo seu organizador, A. M. Pires Cabral, e novas leituras de poemas de António Cabral, por actores da Filandorra.
Finalmente, à noite, no mesmo local, foi apresentada a peça Os muros de Verona, de António Cabral, também pela Filandorra.

Apresentações de livros

No dia 2 de Maio, no Colégio de N.ª Senhora da Boavista decorreu a apresentação de Ópera de Cristal, livro de estreia (um romance) da jovem Ana Gonçalves. Em 16 de Maio, foi a vez de Prolegómenos, do veterano Bento da Cruz, uma selecção de editoriais do jornal que o escritor dirige, Correio do Planalto. Em 23 de Maio, A força de um bom conselho, de Manuel Bernardino (Ribeirinha). Em 27 de Maio: O deus maldito, de Carla Ribeiro, na Biblioteca Municipal Dr. Júlio Teixeira.

Em 25 de Junho, vai ainda ocorrer em Vila Real a sessão de apresentação de Guerrilheiro sentimental, Histórias de exílio, de Eurico Figueiredo, o conhecido médico e professor de Psiquiatria, que se estreia agora na ficção. Estará presente António Barreto, também ele portador de experiência de exílio. Local: Biblioteca Municipal Dr. Júlio Teixeira. Hora: 21h30.

Fausto Guedes Teixeira

O Ciclo "Poesia Trasmontana e Alto-Duriense" prosseguiu no dia 13 de Maio com uma sessão dedicada a Fausto Guedes Teixeira.
Fausto Guedes Teixeira, muitas vezes referido como “o poeta do amor e da paixão”, nasceu em Lamego em 1871, filho do Visconde de Guedes Teixeira e sua Esposa, e faleceu na mesma cidade em 1940, depois de ter vivido em Coimbra (onde viveu uma vida de boémia e acabou por se formar em Direito) e em Lisboa (onde chegou a experimentar dificuldades económicas). Uma herança recebida de um tio, o Visconde de Valmor, perto dos 50 anos permitiu-lhe um fim de vida desafogado na sua cidade natal.
Publicou diversos livros de poesia, que nos últimos anos de vida sujeitou a uma criteriosa revisão para editar os dois volumes de O meu livro (saídos postumamente: 1941 e 1942, nas Edições Marânus, do Porto).
Ao arrepio das tendências literárias do seu tempo, obstinou-se em prosseguir uma linha neo-romântica, inspirada em Alfred Musset, um dos mais conhecidos poetas românticos franceses.
Foi um poeta muito apreciado no seu tempo, mas hoje é infelizmente pouco lembrado.

Ver ficha na secção "Poesia Trasmontana e Alto-Duriense".

António Cabral: livro póstumo

Com a chancela da Tartaruga – a editora de Chaves, dirigida por Manuela Morais, que tanta atenção tem prestado à literatura trasmontana –, acaba de sair uma obra póstuma de António Cabral, falecido em Outubro de 2007.
O título é A tentação de Santo Antão, original de poesia que venceu o Prémio Nacional de Poesia Fernão de Magalhães Gonçalves 2007.
Na linha dos últimos trabalhos do autor, trata-se de um livro compósito, em que a poesia nos surge liberta de cânones e diversificada, bem digno do “grande corpo fluvial” que António Cabral se orgulhava de ser (Emigração Clandestina).
Julgamos saber que o livro será apresentado em Castedo do Douro, terra natal do poeta, em Julho, pela Doutora Maria da Assunção Morais Monteiro, da UTAD.

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