LE ILLEGGIBILI PAGINE DELL’ACQUA

acquaFoi recentemente apresentada no Grémio Literário Vila-Realense, a antologia poética de A. M. Pires Cabral, Le illeggibili pagine dell’acqua, acabada de publicar em Itália em edição bilingue.
Trata-se de um conjunto de 30 poemas retirados de quase todos os livros de poesia do Autor, vertidos para italiano por Giorgio de Marchis, da Universidade Roma 3, que esteve presente na sessão de apresentação. O conhecido lusófilo assina igualmente uma breve introdução à antologia.

Do breve texto da badana, transcrevemos: «Poeta, drammaturgo, romanziere e traduttore, A. M. Pires Cabral è uno degli autori più sobri e interessanti del panorama letterario portoghese. La sua poesia […] evoca un mondo ormai sconfitto, cogliendo però nelle più umili cose e nel pudore agricolo l’ardua lezione di una disciplina rigorosa in grado di resistere al degrado del mondo.»

O PORTO DO MEU TEMPO

porto_tempoChegou-nos às mãos a 2.ª edição de O Porto do meu tempo, antologia de textos de João de Araújo Correia sobre aquela que ele de algum modo considerava a sua cidade. A edição é da responsabilidade da Fundação Eng.º António de Almeida, e a responsabilidade da edição cabe a João de Araújo Correia (Filho, também já falecido) e José Viale Moutinho. Este último assina igualmente uma sugestiva introdução, onde se inclui uma pequena entrevista com o escritor.

Os textos são retirados de diversas obras do grande mestre duriense e, na sua maioria, evocam figuras gradas da pedagogia, da ciência e da arte. Mas o Porto é sempre o cenário destes textos. Na verdade, João de Araújo Correia confidencia algures: «Não nasci no Porto. Mas, tenho-lhe tanto amor como se ali nascesse. Nada do que interesse ao Porto me desinteressa mim.» E também: «Ir ao Porto [...] é sempre uma festa para o duriense.»

Deste amor e desta festa fala eloquentemente O Porto do meu tempo.

«A SUPER-REALIDADE» EM SEGUNDA EDIÇÃO

super-realidadeA super-realidade, segundo livro de poemas de Rui Pires Cabral, saído pela primeira vez em Vila Real, em 1995, acaba de aparecer em segunda edição, com a chancela da Língua Morta, uma nova editora de Lisboa.

Segundo advertência do Autor, para esta edição, alguns poemas foram emendados e outros pura e simplesmente eliminados.

Restaram vinte e seis poemas de pendor evocativo de lugares e momentos que fazem parte da memória do Autor, em que o registo dominante é o de um certo pessimismo e desencanto ante a falta de sentido da existência e a sensação de que não é possível recuperar o passado onde, apesar de tudo, houve instantes de felicidade e partilha: «[...] Um lago no alto da serra / há quinze anos atrás, os cães que já morreram / correndo para sempre no nosso olival. // Depois disso veio o frio tantas vezes / para trancar as cancelas. // Já colhemos as amoras todas / no verão desses caminhos.»

 

 

COBRA-D’ÁGUA

cobra_aguaA. M. Pires Cabral volta à poesia com Cobra-d’água, volume acabado de sair na Cotovia.

O livro está dividido em dois blocos, “Sarabanda” e “Requiem”, em que respectivamente o poeta exprime as suas inquietações em torno de Deus e da morte.

Entretanto, sairá muito em breve em Itália, na conhecida editora Bibliopolis, a antologia Le illeggibili pagine dell’acqua, poemas escolhidos de A. M. Pires Cabral traduzidos para italiano por Giorgio de Marchis, que assina também uma nota introdutória à poesia do autor.

MODO FÁCIL DE COPIAR UMA CIDADE

copiar_cidadeVítor Nogueira acaba de publicar na &etc o seu sétimo livro de poesia: Modo fácil de copiar uma cidade.

Tal como é habitual no poeta, é um livro temático e estruturado. Desta vez, toma como pretexto três tratados portugueses de pintura, respectivamente de Filipe Nunes, Francisco de Holanda e Cirilo Wolkmar Machado, com cujos ensinamentos vai salpicando os poemas.

Deste pretexto, porém ― como também é habitual no poeta ―, Vítor Nogueira parte noutras direcções e questiona o lugar e o papel do homem. Fá-lo contudo ― e esse é um dos pontos mais interessantes da sua arte poética ― em termos simples, quase coloquiais, sem qualquer tique de ênfase discursiva ou declamatória: «De repente a chuva pára. Vê-se um fiozinho de luz / e a cidade a ir comer à sua mão.» Aquilo que alguns diriam o oposto da poesia, mas que na verdade é poesia, e, no caso, poesia de alta qualidade.

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