Tiago Patrício nasceu no Funchal, em 1979, mas tem origem trasmontana e viveu até aos 19 anos em Carviçais, Torre de Moncorvo. E é justamente Carviçais o cenário para o seu primeiro romance, Trás-os-Montes (Gradiva, 2012), que foi o vencedor do importante Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís 2011, instituído pela Estoril-Sol.
É um romance sobre o mundo da infância, girando entre dois pólos antagónicos: a inocência e a perversidade. Ou melhor: a inocência perversa e a perversidade inocente. De leitura fácil, mas geradora de inquietudes. Vasco Graça Moura, presidente do júri do Prémio, realça «as qualidades de escrita reportadas à dureza de um universo infantil numa aldeia de Trás-os-Montes e à maneira como o estilo narrativo encontra uma sugestiva economia na expressão e comportamentos das personagens».
Apesar de jovem, Tiago Patrício não é um escritor estreante, pois tinha já publicado poesia e teatro, e tem textos publicados em França, Egipto, Eslovénia e República Checa.
TRÁS-OS-MONTES
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